Enfermeiros poderão fazer abortos
O debate está no SFT. Isso e muito mais na edição de hoje.
☕️ Bom dia! Ótimo domingo para você, leitor. Todos os dias não são iguais. Hoje, podemos estar cansados demais para encontrar a paz, nebulosos demais para ter clareza, tristes demais para sermos sensatos. Mas o amanhã sempre é um novo dia onde as coisas mais incríveis podem acontecer. Boa leitura.
Mudanças nas residências médicas?
Alguns (poucos) Hospitais e conselhos de residência estão implementando mudanças significativas para melhorar a qualidade da formação e reduzir o burnout entre residentes. Novos modelos de supervisão, carga horária ajustada e suporte psicológico intensificado estão sendo testados para transformar a experiência de treinamento. A notícia pode explorar as iniciativas em curso, a reação dos residentes e os resultados preliminares dessas mudanças.
Um dos exemplos na prática:
⏱ Carga Horária Ajustada. Instituições de saúde estão reavaliando os turnos para garantir períodos adequados de descanso e recuperação. Embora a redução de horas de trabalho exija ajustes logísticos, os primeiros relatos indicam um impacto positivo: menos estresse, maior disposição e, consequentemente, uma diminuição dos sintomas de burnout. Essa mudança tem sido recebida com entusiasmo pelos residentes, que há muito clamam por um equilíbrio melhor entre vida pessoal e profissional.
Um sonho, né?
STF pode liberar enfermeiros para realizarem abortos legais
O PSOL e a Associação Brasileira de Enfermagem acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para permitir que enfermeiros também possam realizar abortos nos casos já previstos em lei.
Atualmente, a legislação brasileira exige que apenas médicos façam o procedimento, mas os autores da ação argumentam que essa restrição cria barreiras no acesso ao direito já garantido.
O que está em jogo?
A lei hoje. O Código Penal permite o aborto em três casos: risco à vida da gestante, gravidez resultante de estupro e anencefalia fetal. No entanto, o artigo 128 especifica que ele deve ser realizado por médicos.
Argumentação do PSOL. O partido e a Associação Brasileira de Enfermagem alegam que essa interpretação exclui outras categorias da saúde que poderiam atuar na assistência ao aborto legal. Eles citam a Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda que enfermeiros, farmacêuticos e agentes comunitários de saúde também possam realizar o procedimento, especialmente em gestações de até 12 semanas.
Quais os próximos passos?
O STF ainda não definiu um prazo para julgamento da ação, mas o tema promete gerar debate. Caso o pedido seja aceito, o Brasil pode seguir a tendência de outros países que já ampliaram o papel de profissionais da saúde no acesso ao aborto seguro.
O que você acha da proposta?
Técnicos em medicina: o (triste) futuro
O Brasil nunca teve tantos médicos em formação. Novas vagas surgem a cada semestre e milhares de estudantes estão ingressando no curso que, um dia, foi sinônimo de prestígio e realização. Mas a pergunta que poucos estão fazendo é: o que estamos realmente formando?
O mercado está saturando
E não é porque temos médicos demais (por enquanto). O problema é outro: cada vez menos médicos que são realmente bons. O que tá crescendo é o número de técnicos treinados para seguir protocolos e garantir que o sistema continue funcionando — mesmo que isso custe a exaustão e o sacrifício pessoal.
Ser médico será ocupar só mais um cargo
Muitos vão aceitarão qualquer oferta de trabalho, sem poder escolher — e olha que isso já é realidade em algumas capitais do país. Os salários serão definidos pelo mercado, que sempre encontrará alguém disposto a ganhar menos.
Os que se recusarem a apenas executar serão a minoria. Mas serão os bons médicos. Porque o diploma não faz médico — atitude faz.
Mas o fato é que, no meio da saturação de diplomas, o Brasil ainda vai continuar precisando de médicos. A questão que a gente quer trazer aqui com essa história é te fazer refletir: ser mais um jaleco branco ou ser insubstituível?
Homem recebe rim de porco geneticamente editado nos EUA
No último mês, cirurgiões do Massachusetts General Hospital realizaram o segundo transplante de rim de porco em um paciente vivo. A equipe já havia feito história com a primeira cirurgia desse tipo em março de 2024.
O paciente da vez. Tim Andrews, 66 anos, que sofria de doença renal em estágio terminal e estava há mais de dois anos em diálise. Andrews recebeu alta e, até o momento, o novo rim funciona perfeitamente 👏.
📈 Por que isso é importante?
Mais de 100 mil pessoas esperam por um transplante só nos EUA. Todo dia, 17 delas morrem sem conseguir um órgão.
Um rim geneticamente modificado. O órgão passou por 69 edições genéticas para remover genes nocivos, adicionar genes humanos e desativar vírus.
A Genesis, empresa especializada em xenotransplantes, forneceu o rim geneticamente editado com a tecnologia CRISPR/Cas9. A técnica permite ajustes precisos no DNA para evitar rejeições.
O que vem a seguir?
A FDA autorizou mais dois transplantes de rim de porco ainda este ano, parte de um estudo para avaliar a viabilidade a longo prazo dessa alternativa.
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Um tumor de 15kg removido em um caso raro
ma moradora de Rio das Ostras (RJ) passou por uma cirurgia impressionante: a remoção de um tumor ovariano de 15kg. Sim, 15kg — o equivalente a um pequeno botijão de gás. 🔗 Continue lendo.